Os animais não entendem nada do que falamos. Quando damos um comando, o que funciona é a nossa expressão corporal e a entonação da nossa voz. Por exemplo, quando ensinamos um cão a sentar e dizemos “senta” e o cão assume a postura sentada, nada mais é que um condicionamento do comportamento ao som da palavra. Desta forma, podemos usar qualquer palavra (poderia ser “banana”) em qualquer língua (até mesmo “banana” em russo) que ocorrerá um condicionamento.
O importante é que a palavra seja sempre a mesma para que o pareamento som-comportamento aconteça.
Tapinhas corretivos
As pessoas costumam me questionar se funciona dar uns “tapinhas corretivos” para educar um pet e eu sempre digo que prefiro não entrar nesse tipo de conflito físico.
Quando o animal apresenta um comportamento que não nos agrada, o melhor a ser feito é ensinar um comportamento alternativo para ele assumir ao invés de agir da maneira que está incomodando. Por exemplo: se o cão está mordendo para chamar a atenção para ir brincar, devemos ensiná-lo a buscar um brinquedo e sentar na nossa frente para interagirmos com ele. Não adianta bater nele, o tapa também é uma forma de reforço do comportamento.
Comportamento aprendido
O que pode, pode sempre; o que não pode, não pode nunca!
Se acostumamos nossos cães a pedirem comida na mesa durante nossas refeições, ele terá o mesmo comportamento quando recebermos uma visita, acarretando em um incômodo para o convidado e para os donos da casa. Neste caso, os humanos erraram ao condicionar o pet a ganhar comida quando estão todos reunidos em volta da mesa.
Não existe uma regra para definir o que é certo ou errado: cada família tem de decidir como irá educar o pet. Porém é importante lembrar que um comportamento considerado “bonitinho” no dia a dia, pode se tornar um comportamento indesejado quando outras pessoas vêm visitar. Para evitar esse tipo de situação, pense que todo dia é “dia de receber visita”, dessa forma o comportamento desejado nesse cenário deve ser condicionado no dia a dia.