Os pilares da terapia comportamental

O trabalho de modificação comportamental é baseado em 4 pilares: modificação ambiental, modificação comportamental, psicotrópicos e feromônios.

Modificação ambiental

Muitas vezes, a motivação para o problema comportamental está no ambiente no qual o animal está inserido. Uma das ferramentas usadas para resolver o problema é o chamado Enriquecimento Ambiental (EA).

A restrição de comportamentos considerados naturais para a espécie pode acarretar em diversos problemas e essa técnica é utilizada justamente para devolver essas expressões naturais dos pets.

Os gatos, por exemplo, têm um super instinto caçador. Para tentar proporcionar o estímulo a esse comportamento, pode-se usar brinquedos de variados tipos. Do contrário, o bichano poderá “caçar” a sua perna ou sua cortina.

Outra parte fundamental do EA é a oferta de novidades e desafios para os animais. Se até nós enjoamos de comer a mesma comida, sempre no mesmo lugar, imagine nossos pets!

Uma ideia para diversificar o horário de alimentação é oferecer a comida cada dia de uma forma, transformando esse momento em uma atividade divertida e interessante ao animal. O mesmo vale para aqueles brinquedos velhos que estão largados no canto da sala ou perdidos debaixo do sofá.

Os animais perdem o interesse da mesma forma que nós. Mantenha-os sempre estimulados com novidades e desafios!

Modificação comportamental

É necessário compreender de onde vem a motivação de um comportamento inadequado, pois só assim será possível modificá-lo através de técnicas de adestramento, como a habituação, o condicionamento, a dessensibilização e o contra-condicionamento.

Um animal com medo de vassoura ou aspirador, por exemplo, pode ter associado aquele objeto a algo negativo. O profissional irá fazer a aproximação do animal com o objeto de temor de uma forma lúdica e confortável, respeitando sempre seus limites.

Psicotrópicos

São uma classe de medicamentos que atuam no sistema nervoso central e, desta forma, traz o indivíduo ao equilíbrio emocional necessário para que ele possa assimilar as situações às quais for apresentado, saindo de um estado de extrema tensão ou ansiedade e passando a relaxar.

As medicações devem ser prescritas por médicos veterinários comportamentalistas, que irão, além do fármaco, trabalhar o ambiente e fazer, ou orientar, treinos terapêuticos com este animal. É essencial que seu uso esteja associado aos outros dois pilares, já mencionados.

Feromônios

Tratam-se de substâncias produzidas pelos seres vivos e liberadas no ambiente, desempenhando função comunicativa, ou seja, são sinais químicos de espécies específicas (cão se comunica com cão; gato se comunica com gato) capazes de alterar o comportamento dos indivíduos receptores.

Os formatos sintéticos deles estão sendo utilizados com fins terapêuticos na medicina comportamental, constituindo adjuntos importantes da terapia voltada para certos distúrbios comportamentais em cães e gatos.

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